Alunos da Universidade de Michigan visitam a CTETP da UFMG
A Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais trabalha em parceria com a Universidade de Michigan na execução e manutenção de suas Clínicas contra o trabalho análogo à escravidão e o tráfico de pessoas. A ideia da colaboração surgiu quando o coordenador da Clínica brasileira, Carlos Haddad, estava na U-M como bolsista pesquisador do programa "Michigan Grotius", no segundo semestre de 2014, e conheceu a diretora da clínica da U-M, Bridgette Carr que, por sua vez, ficou sabendo que Haddad tinha decidido mais de 50 processos criminais envolvendo trabalho escravo no Brasil. Neste contexto, os dois começaram a discutir um modelo de clínica que poderia ser aplicado no Brasil. A clínica brasileira não é uma réplica exata da existente em Michigan, mas baseada em uma estrutura semelhante, em que os alunos trabalham com membros do corpo docente para representar as vítimas de trabalho escravo.
No mês de fevereiro de 2016, a Clínica de Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas da UFMG recebeu dois grupos de estudantes da Universidade de Michigan para intercâmbio de informações, conhecimentos e experiências. O primeiro grupo foi composto por três estudantes de MBA da Escola de Administração de Michigan - Natarajan Karunakaren, Rachel Wyss e Rachel Warner - que, juntamente à integrantes da Clínica da UFMG, conheceram as Faculdades de Direito, Economia e Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, além de órgãos públicos parceiros da CTETP, a fim de conhecer suas estruturas e funcionamento e criar um projeto que ajude a Clínica brasileira a se tornar mais eficiente e auto-sustentável.
O segundo grupo foi formado pelas alunas de graduação em Direito e integrantes da Human Trafficking Clinic, da Universidade de Michigan, Cera Kusisto, Frances Hollander e Rameet Singh. As estudantes também visitaram as Faculdades de Direito e Medicina da UFMG, visitaram o Centro Zanmi (parceiro da CTETP que ajuda refugiados e migrantes em Belo Horizonte), o Centro de Memórias do TRT e fizeram reuniões em órgãos públicos, como o TRT, o MPT e a Justiça Federal.
O intercâmbio de conhecimentos e experiências foi muito proveitoso para ambos os lados, que puderam conhecer realidades distantes das suas e, com isso, ter uma visão mais ampla das questões que envolvem o trabalho escravo e o tráfico de pessoas, além de buscar juntos novas soluções para tais problemas globais.
Veja mais em:
http://www.prt3.mpt.mp.br/procuradorias/prt-belohorizonte/573-regional-recebe-alunos-da-universidade-de-michigan; http://as1.trt3.jus.br/noticias/no_noticias.Exibe_Noticia?p_cod_area_noticia=ACS&p_cod_noticia=13712;
http://ns.umich.edu/new/noticias-em-portugues/22712-em-parceira-com-a-universidade-de-michigan-clinica-de-trafico-humano-e-novidade-na-ufmg